sexta-feira, 15 de outubro de 2010

INRID KOLD




A jovem, mesmo multidada, ergue o rosto se tornando aos olhos de todos decênios mais madura. A voz é entoada com vigor entrecortada por longas pausas:
Há 70 anos, antes mesmo de Hans ou Pontal existirem existia uma vila ao norte de Latígia, eram ciganos comerciantes que encontraram solo fértil e resolveram criar raízes naquele local. Muitos humanos de Latígia se mudaram para lá em busca de sobrevivencia nas terras férteis.




Um desses novos moradores era Inrid Kold, clérigo da chuva, que rapidamente se tornou conhecido e poderoso na vila. Seus poderes aumentavam a produção das terras e ele era muito bem visto, um homem sábio e bondoso.
Mas depois dos 2 primeiros anos, assassinatos bizarros e hediondos começaram a acontecer.. crianças eram encontradas multiladas e mortas, pedaços dos seus corpos faltando, como q arrancadas de sua carne. Animais logo foram descartados, as mordidas só podiam ser humanóides. Um assassino canibal rondava a vila.
Grupos de busca e guarda foram organizados por Inrid Kold mas os assassinatos não pararam, o povo temia por suas crianças e elas não saiam mais de casa. Por 2 meses as mortes pararam até que em uma noite sem lua, ouviu-se um grito... os homens correram para a casa da viúva Kadesh e foram surpreendidos pelo próprio Inrid Kold com uma criança ensanguentada morta em seus braços, seus olhos eram vagos e famintos. 
Inrid foi detido, e em seguida recebeu pena de morte. Seria, decaptado, esquartejado e cremado... seus restos jogados ao vento, como exigiam os espíritos da chuva. Nunca disse nada em sua defesa. Porém, o corpo esquertejado de Inrid desapareceu durante a noite e jamais foi encontrado. Anos se passaram, e a vila voltou a paz, até que uma criança recém nascida desapareceu. Foi encontrada estraçalhada próxima ao regato, com seu pai chorando sobre seu corpo e as mãos e boca sujas de sangue, ele alegava não se lembrar de nada. Foi preso e morto...  Casos em que os pais matavam os filhos se tornaram corriqueiros, poucas crianças restavam na vila, o povo dizia que era a maldição de Inrid Kold. Muitos se mudaram, fugindo. 
Minha ancestral Adalécia das duas luas, que venerava o elemento terra acabou descobrindo que o espírito do próprio Inrid Kold não queria ou não podia descansar e era o responsável por todas as mortes. Descobriu uma forma de aprisiona-lo, mas sua prisão era frágil.  Prendeu o espírito e se mudou junto com minha mãe para o charco junto nas cercanias de Pontal da Areia que estava surgindo na época. Desde então a prisão é passada para as novas gerações da família. Por descuido meu, Inrid escapou e dominou uma pobre criança, destruindo sua mente através de pesadelos...
Mas guerreiros de coração nobre acreditaram em mim quando ninguém mais acreditou, entraram nas profundesas da Pedra do Trovão para buscar uma erva rara, e enfim adentraram no próprio pesadelo de Inrid. Seu mundo. Lá o venceram, aqui, o destruíram. Que todos os elementos salvem os Bravos de Hans.

A jovem olha a todos, sorri por dentro feliz pelo efeito que causara nos ouvintes. Se ergue e parte.
(Amarantha, em uma fogueira de viajantes)

7 comentários:

  1. Kitaan caminha por entre o túnel de sarças, longas folhas de tom avermelhado roçam em seus ombros e braços enquanto caminha. Agora todo o cuidado é pouco em meio aqueles espinhos negros e afiados.
    Com o tempo começa a divisar pequenos botões negros por entre a sarça e repentinamente a ouvir uma bela cançao. Inebriado, segue o caminho sentindo que a música se torna cada vez mais nítida.
    Logo a frente o túnel termina e a luz cegante do sol faz Kitaan piscar algumas vezes. Com a mão protegendo os olhos sente o coraçao disparar. Jamais, nem nas histórias de sua tribo havia ouvido descrição de tais maravilhas.
    Perdido em uma beleza natural que jamais havia visto e hipnotizado com as vozes no vento, mal sentiu uma brisa repentina acariciar seu rosto, e nem de ond surgiu a dona da voz aveludada que chama por seu nome logo atrás dele.

    "Bem vindo filho dos elfos, sou Yata`dalaia, arauta do ar. Minha senhora pediu que eu viesse de encontro a vc.” ...

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  2. Torres se aproxima da jovem encolhida sobre o próprio corpo. Agora percebia quão cruel foram as torturas. Faltavam pedaços daquela jovem. O sangue formava uma poça no local, não podia imaginar como ela resistira tanto. Ele se curva sobre os joelhos ficando com a cabeça na altura da dela. De modo fraternal tenta acalma-la. " não queremos lhe fazer mal, sabemos que não foi vc" Mas como que acoitada a jovem foge para o outro lado da gruta escura.

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  3. Com uma adaga, o caçador de cabeças faz um apoio na telha e num com um rápido movimento de corpo, se põe de ponta cabeça segurado pela adaga apenas com os pés. Tartáglia olha por um instante para baixo. " é uma boa queda, melhor esse telhado aguentar". A janela não oferece resistencia à sua habilidade de arrombador. Dez segundo depois, mais uma pirueta e está dentro do quarto do garoto.
    Depois de procurar insistentemente e se convencer de que nada de relevante se encontra ali se aproxima do menino...atento a todos os sons da cidade, mas concentrado no garoto diz em seus ouvidos:
    " eu sei que você está aí. E vou tira-lo, pode ter certeza". E desaparece nas sombras logo em seguida.

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  4. Kitaan acorda após um sonho conturbado, sonhora com tempestades de areia, um rosto imenso de pedra e um nome... Anaurok-ha.

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  5. O corredor de pedra era apertado, mas mesmo assim se espremeram escada acima. Apenas Geldor e o Kreen haviam ficado na retaguarda. Assim que Torres passou pela porta ela se fechou violentamente, separando o grupo. Mesmo em meio à névoa vermelha, Geldor percebeu algo acima dos degraus atras dele. Se virou e viu um vulto... (e tinha certeza q o vulto o via). Gelgor viu que ele se movia e ouviu um som estridente e baixo. O q quer q fosse aquilo, estava arranhando e dilacerando a parede... e aquilo começava a descer o primeiro degrau.

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  6. Tartáglia se aproximou da cama de casal apreensivo. O véu que a cobria não permitia que se discernisse o que estava deitado ali. Torres aguardava atento, espada em punho.. Kitaan preperava o arco, disposto a atirar em qualquer coisa que se movesse ali.
    Mais 2 passos e Tartáglia divsivava algo grande, como um humanoide gordo... para seu horror, percebeu uma mão obesa, cinzenta, com garras do tamanho de facas espreitando em sua direção. Abriu o véu de sopetão e saltou um passo para trás, um cadaver de uma mulher obesa, com o maxilar escancarado em proporçoes inumanas sorria para ele, as órbitas vazias o encaravam ... em um átimo percebeu que as garras fatais vinham na direção de seu peito, mas desviou por centímetros... Segundos depois uma flecha voada certeira e Torres partia a cama em 2 em um movimento violento...

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  7. Estava sozinho... de um lado, dois corpos de crianças, dilaceradas, que se mexiam de forma grotesca em sua direção, do outro o próprio Inrid Kold. Nenhuma técnica de combate ou fuga que conhecia poderia salvar-le naquela situação, muito menos seus anos dedicados as artes. Estava tudo perdido? acabaria-se DENTRO DO SONHO que nem era seu? As crianças estavam em cima dele, fechou os olhos por um momento, tentando acordar... mas abru assim q sentiu algo frio e molhado voar-lhe na face. Inrid acabara de rasgar o crânio de uma das crianças que o ATACAVAM. Era o tempo que precisava, haviam se distraído,; pulou para dentro da primeira porta que viu... Era escuro e apertado...mas estava vivo.

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